2020 é o que nunca esperámos acontecer. A pandemia que vivemos despejou-nos a todos/as de um mundo que julgávamos conhecer. Apartaram-se os afetos. Desenlaçaram-se os abraços. Lançam-se beijos que ficam suspensos no ar. À espera do Reencontro. Das mãos que não se permitem tocar. Presos na dor que fala, apenas, através do olhar que há muito não vê as ruas, as praças, as fontes e os rios. Que não sente o cheiro da terra. O som dos carros apressados ou de passos cansados, dolentes. Que se permite, apenas, a espreitar por cima de uma máscara que protege a Vida. E maltrata o coração. Até que o povo volte a sair à rua “(…) com a alegria que costumava ter (…)” (José Cid), lutaremos sempre, a cada dia, sem baixar os braços, no sentido de reverter o sofrimento com que nos deparamos quotidianamente nos nossos Lares. Porque “A Vida não é assim/não é Sonho que acabou” (Aldina Duarte).
Silêncio que se vai cantar o fado!
Acompanhe o vídeo que preparámos em https://www.youtube.com/watch?v=g2NXaA4fJoA
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